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( V ) WHAT DOES HE LOOK LIKE fios dourados que contam a história de alguém que se afogou nas próprias responsabilidades; mas que, ao mesmo tempo, velejou nos desafios que a vida lhe trouxe. sorriso tímido, assim como as pequenas manchas adornando a pele esbranquiçada — não tão bem cuidada quanto as roupas; simples, porém bem tecidas e sempre de uma impecabilidade visual, ainda que coberto de fuligem, ou terra. não aborda maltrapilhos, porém não ostenta tanto quanto outras personalidades. prefere o simples, o confortável, o necessário.
( I ) WHO HE IS quieto como pedra submersa, mas com o olhar que guarda as marés mais profundas; carrega o peso das responsabilidades sem reclamar, moldado pela terra firme e pelas águas que o cercaram — uma presença serena, de coragem silenciosa e alma inquieta, com uma curiosidade alimentada por um fogo que sequer sabe que existe. é sereno, porém impassível.
( II ) WHAT DOES HE KNOWS mergulha os dedos na terra e a faz erguer como quem não exerce esforço; tecelão de águas tão hábil quanto esforçado em cada uma das coisas que se coloca a fazer, entretido. veloz em uma vassoura, ainda que contido pela quietude que carrega dentro da própria alma. sua fúria é silenciosa, tamanho é seu talento.
( III ) WHO HE SPEAKS WITH tartaruga esverdeada e de personalidade extremamente reclamona, tal qual um idoso na plenitude da sua capacidade; dolores, tão vagarosa quanto atenciosa aos problemas que cercam a sua alma-metade. um daemon superprotetor e intrometido, mas que se aninha no colo de seu mago em um pedido silencioso por companhia.
( IV ) WHAT DOES HE WANT tecer a maior das montanhas, abraçar o solo e se tornar um só com a canção das rochas. navegar no oceano da próprias alma, chocar-se contra as ondas e afogar qualquer insegurança. acender a própria ambição, fervente no fogo que sequer deixaria de apagar mediante o maior dos desafios; mas com um respiro leve, apreciando toda a liberdade de um sopro e a brisa depois da longa jornada.
( VI ) TO DREAM Ter nascido de origem humilde explica mais do que suficientemente o comportamento do mais novo dos Granfelt; Alric, um garoto de cabelos castanho-claros, ligeiramente ondulados, quase sempre bagunçados pelo vento e olhos acinzentados, expressivos, que parecem mais observar do que realmente comentar. O pai, um oleiro — a mãe, uma costureira amável que sempre torcia para que o rapaz de coração sensível seguisse os seus sonhos em meio ao pouco que a família tinha. Ainda sim era o suficiente para, ao menos, sonhar.
( VII ) TO WAKE UP O despertar dos sonhos veio acompanhado de uma oportunidade de trabalho na cidade grande como jardineiro para um dos magos mais excêntricos que o jovem iria acabar conhecendo, principalmente pela preferência aos livros e artefatos do que pessoas. Alric ganhava pouco, mas, ainda sim, era grato o suficiente pelo teto, comida e o dinheiro que conseguia mandar para os pais, além da oportunidade de finalmente conhecer, ao menos um pouco, a cidade grande. Bastava se manter longe de confusão.
( VIII ) TO PROTECT Ao menos tentou, até certa noite — sons esquisitos e grunhidos escapando do jardim que fizeram com que investigasse até realmente encontrar o culpado: uma criatura ofegante e coberta de cortes, um daemon em forma de raposa encurralado por um bando de corvídeos. Sem sequer pensar, interveio da única maneira que conseguiu; se jogou por cima da criatura e a protegeu com o próprio corpo em meio a bicadas, arranhões e mordidas que fizeram com que perdesse a noção do tempo até praticamente apagar ali mesmo.
( IX ) TO BE KNOWN Quando acordou, enfaixado e vigiado por empregados que lhe contaram sobre a ordem para levá-lo até os aposentos do mago, imaginou o pior — a figura do patrão lhe esperava, sério, olhos fundos e braços cruzados conforme uma pequena criatura se aninhava aos seus pés. A mesma criatura que havia encontrado na noite anterior; o fragmento da alma perdida de um mago, agora, reunido com aquele que lhe sorria.
( X ) TO CHANGE, FOR GOOD A partir daquele dia, deixou de ser apenas um jardineiro. Foi recompensado com aprendizado, tutoria e curiosidade; seus limites mágicos testados e sua jornada para algo ainda maior patrocinada na forma de dez mil francos pelo mago. Com uma bolsa presenteada sobre o seu ombro e uma carta de Halkeginia, era hora de partir.
( XI ) TO NEVER FORGET “Você viu o que era frágil, e não o pisou. Isso te torna forte.”

